;
top of page

A Ascensão Silenciosa do PCC nos Presídios Paulistas

  • Foto do escritor: Fernando G. Montenegro
    Fernando G. Montenegro
  • há 13 minutos
  • 2 min de leitura


Presos exibindo faixas com "PCC Paz Justiça Liberdade" e "Contra a Opressão" durante rebelião, ilustrando a ascensão inicial.

Operações Discretas e Código Secreto 

Nos primeiros anos após sua fundação, o Primeiro Comando da Capital (PCC) operava discretamente nos presídios paulistas. Em vez de assumir publicamente sua identidade, usava o código “1533” — referência às posições das letras P e C no alfabeto — para ocultar sua existência. Em menos de três anos, a facção já havia se espalhado por grande parte das cadeias do estado, conquistando rapidamente adesão entre os presos ao prometer melhores condições e proteção contra abusos institucionais. A lógica era simples: diante da negligência estatal, um grupo organizado que oferecia voz, dignidade e segurança ganhava força.


Consolidação da Fidelidade Interna Com o domínio das prisões, o PCC passou a controlar o tráfico interno de drogas e, posteriormente, a expandir sua atuação para fora dos muros, utilizando familiares e egressos para arrecadação e logística. A fidelidade interna foi consolidada por rituais de batismo, com juramentos e símbolos de sangue, tornando a lealdade ao grupo quase inquebrantável. A saída da facção só é permitida em casos excepcionais, com autorização direta da liderança. O culto à figura de Marcola, líder máximo, tornou-se um elemento de coesão em comunidades de todo o país.


Expansão Inicial e Erros Estatais 

As rebeliões eram a principal ferramenta de pressão. O grupo articulava ações simultâneas em diferentes presídios para forçar o Estado a negociar. Em 2006, São Paulo foi paralisada por uma série de ataques coordenados, que só cessaram após o governo atender exigências simples — como a rejeição ao uniforme alaranjado, apelidado de “uniforme abóbora”, e melhorias no chamado “jumbo”, o pacote de mantimentos enviado pelas famílias. Em 2025, a ascensão silenciosa continua com o PCC infiltrando-se em presídios estrangeiros para recrutar membros, expandindo para 28 países. Além disso, a infiltração em serviços financeiros como empréstimos, hipoteca/financiamento imobiliário e crédito permite lavagem de dinheiro eficiente, enquanto conexões com serviços de advogado/procurador e advogado garantem proteção legal. O PCC também explora nichos como seguro para cobrir riscos operacionais, e até programas de graduação/diploma financiados para membros, além de hospedagem de sites para apostas online e processos de reivindicação/sinistro em fraudes. Doações fictícias via campanhas de doação ajudam a mascarar fundos ilícitos.


Fernando G. Montenegro

Qualquer Missão Em Qualquer Lugar

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page