Evolução do Anti-Terrorismo Jihadista no Brasil (2015-2025): Casos de atuação da Inteligência
- Fernando G. Montenegro
- há 15 minutos
- 6 min de leitura
Ameaça Silenciosa: O Terrorismo Jihadista no Brasil e a Radicalização Violenta

Uma série de eventos recentes têm conectado o Brasil a segmentos jihadistas, acendendo um alerta nas agências de Inteligência e Forças de Segurança do país. O tema da radicalização violenta e do terrorismo jihadista no Brasil exige uma atenção contínua, uma vez que a ameaça evolui para a era digital.
O Alvo: A Mente Humana e a Guerra Híbrida
O avanço da tecnologia e das plataformas digitais transformou o campo de batalha, tornando a mente humana o alvo principal. A estratégia de Guerra Híbrida se manifesta na manipulação de informações, propaganda extremista e no recrutamento online. A urgência de desenvolver a resiliência cognitiva é um pilar fundamental para a defesa cibernética e a segurança nacional contra a desinformação radical.
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"O debate sobre a legislação de combate ao crime organizado e a equiparação de facções a grupos terroristas, bem como a proibição de financiar entidades suspeitas, demonstra a complexidade de definir as fronteiras da ameaça, o que exige um olhar atento para a nossa gestão de crises de segurança."
"O monitoramento contínuo de riscos e o investimento em desenvolvimento de software de Inteligência são cruciais para identificar padrões de comportamento e prevenir ataques, elevando a relevância da transformação digital na segurança pública."
"As ações de prevenção à radicalização devem ser um componente essencial em qualquer estratégia de marketing digital de segurança, educando o público e fortalecendo a segurança da informação."
Casos Reais: A Atuação da Polícia Federal Contra a Ameaça
A Polícia Federal (PF) tem atuado em diversas frentes para desarticular células e indivíduos envolvidos com o jihadismo:
Uma indiciação da Polícia Federal (março de 2025): por promoção de grupos ligados à Al-Qaeda e ao EI, com planejamento de atos, mas sem ocorrência real.
Estatística em 2025: Aumento reportado de presença de membros do Hezbollah no Brasil (cerca de 400 em meados de 2025), associado a riscos de antissemitismo (crescimento de 350% em crimes de ódio), mas sem incidentes fatais concretos.
Prisão Recente (Junho de 2023): Um brasileiro foi preso no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, ao tentar viajar para o exterior com o objetivo de se juntar ao Estado Islâmico. A prisão fez parte de uma investigação que apura a promoção e integração em organização terrorista, com ações também em São José dos Campos (SP) e Barbacena (MG).
Ameaça em Goiás (Abril de 2022): Em Jataí (GO), um estudante foi detido sob suspeita de planejar um atentado terrorista contra a comunidade da Universidade Federal de Jataí. A investigação, iniciada após ameaças do aluno, encontrou diversos indícios da intenção de praticar o atentado. Ele respondeu pelo crime de atos preparatórios para terrorismo.
Operação Trastejo (Setembro de 2021): Em Maringá (PR), um homem, que se apresentava como professor de música, foi preso por planejar atos terroristas ligados a "radicais islâmicos no exterior". Ele manifestava interesse em viajar para o Iraque e se incorporar a organizações terroristas. A radicalização ocorreu via internet. Foram apreendidas réplicas e uma espingarda calibre 32. A PF confirmou que o suspeito possuía motivação (radicalismo religioso), meios (armas e munições) e treinamento, podendo fechar o ciclo para a consumação de ato terrorista a qualquer momento.
O Precedente da Lei Antiterrorismo: Operação Hashtag
O primeiro precedente legal com base na Lei Antiterrorismo (Lei 13.260/2016) ocorreu em 2016. Duas semanas antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a Operação Hashtag cumpriu 19 mandados em dez estados, prendendo dez homens ligados ao Estado Islâmico que planejavam atos de terrorismo. O grupo, conhecido como “Defensores da Sharia”, comemorou o atentado em Orlando e planejava ataques violentos, manifestando intolerância. A operação se iniciou após informações do FBI sobre perfis em redes sociais.
A Questão Migratória e as Fronteiras
A nova lei de imigração do Brasil tem sido criticada por facilitar a entrada de estrangeiros sem critérios rigorosos, o que poderia favorecer ações terroristas. Dentre as facilidades estão: abertura de conta bancária, educação e atendimento médico gratuitos, e o não requerimento de antecedentes criminais para refugiados, que teriam o mesmo status de turistas.
Incidentes e Suspeitas (2016):
Em maio de 2016, uma marcha pacífica em São Paulo contra a lei de imigração foi atacada por um grupo de estrangeiros falando árabe, alguns ostentando bandeiras do Estado Islâmico e da Palestina. Os agressores, que foram presos, já possuíam advogados pagos por ONGs ao chegarem na delegacia de polícia.
Em abril de 2016, na Paraíba, a prisão do saudita Saleh Abdulrahman Alderabi por falsificação de documentos levou à descoberta de uma quadrilha internacional de imigração ilegal e ligações com grupos extremistas em seu celular.
Em Iranduba (AM), um grupo de paquistaneses que mal falavam português, apresentando-se como missionários, passou a ser acompanhado pela Inteligência, devido a preocupações com o histórico do assunto no Brasil.
A Tríplice Fronteira: A região entre Brasil-Argentina-Paraguai continua sendo um foco de atenção internacional e da Interpol devido ao grande volume de crimes (narcotráfico, contrabando, imigração ilegal) e à presença de uma comunidade muçulmana estimada em 30 mil pessoas. Apesar de alertas da CIA e do Mossad, o Governo Brasileiro nunca confirmou a existência de células terroristas ativas, mas há indícios de que figuras como Osama Bin Laden e Khalid Shaikh Mohammed, ex-terceiro no comando da Al Qaeda, tenham passado pela região.
O Papel Essencial da Inteligência
Em novembro de 2015, pouco antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, após o jihadista do Estado Islâmico, Maxime Hauchard, anunciar o Brasil como um dos próximos alvos, os serviços de inteligência intensificaram o monitoramento.
Propaganda em Português: Em maio de 2016, o Estado Islâmico lançou um canal de comunicação e propaganda em português no Telegram, o "Nashir Português Channel".
Células de Apoio: No primeiro semestre de 2016, a ABIN identificou Ismail Abdul Jabbar al-Brazili, integrante do grupo Ansar al-Khilafah Brazil, que declarou apoio ao Estado Islâmico e promovia propaganda jihadista em português e inglês.
Deportação: Em 2016, o físico Argelino Adlène Hicheur, professor da UFRJ e monitorado desde 2013, foi deportado. Ele havia sido condenado na França por terrorismo após interceptação de mensagens de apoio e simpatia à Al Qaeda.
As ações de Inteligência permanecem como a primeira linha de defesa da sociedade brasileira, orientando as operações de combate ao terrorismo. O intercâmbio de informações entre agências nacionais e internacionais, como ocorreu na Operação Hashtag com o apoio do FBI, é crucial para a segurança contínua.
Fatos ocorridos em setembro/novembro de 2025):
Equiparação de crime organizado e milícias ao terrorismo: O tema avança rapidamente. Em 6 de novembro de 2025, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou projeto que equipara atos de milícias e facções (como PCC e CV) a terrorismo, com penas de 12 a 30 anos (aumentadas em até 2/3 para líderes), incluindo controle territorial via violência. No entanto, a votação foi adiada em 5 de novembro para ajustes, e há resistência do governo Lula, que vê risco de intervenção estrangeira (ex.: EUA). Governadores de direita assinaram pacto em 12 de novembro defendendo a medida, e o União Brasil pressiona por aprovação.
Proibição de financiamento de entidades suspeitas: Em 2 de setembro de 2025, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou PL vedando doações ou apoios a organizações ligadas ao terrorismo, com punições para empresas e indivíduos. Isso se conecta à Lei Antiterrorismo (13.260/2016), ampliando bloqueio de ativos (incluindo criptomoedas e offshores). Em 19 de setembro, o deputado Kim Kataguiri propôs emenda para proibir recursos públicos a países ou entidades suspeitas. Fato novo: Em 12 de novembro, mudanças no texto (removendo enquadramento direto como "terroristas" e focando em condutas) podem fazer o PT votar a favor, acelerando o trâmite no Senado.
Outros avanços: CPI no Senado para investigar milícias (aprovada em 29 de outubro) e endurecimento de penas para crime organizado (CCJ, 1º de outubro). Projetos como o de Alexandre Ramagem (PL 4.465/2024 e 1.283/2025) propõem enquadrar facções explicitamente como terroristas, prontos para plenário.
Essa discussão legislativa, de fato, reflete preocupações com a defesa nacional, visando equiparar movimentos sociais ao crime (crítica da esquerda). Não há indícios de retrocessos; ao contrário, o momentum é para aprovação em 2026.
Embora não haja um caso isolado e concreto de terrorismo com vítimas fatais no Brasil em 2024/2025 diretamente ligado a grupos jihadistas internacionais no material pesquisado, o debate sobre a segurança interna e a legislação antiterrorismo permanece em alta, com propostas no Senado para equiparar o crime organizado e as milícias ao terrorismo e proibir o financiamento de entidades suspeitas (setembro/novembro de 2025). Essa discussão legislativa reflete a crescente preocupação em fortalecer a defesa do país contra ameaças internas e externas, aumentando o rigor contra qualquer forma de financiamento e atuação de grupos extremistas.
Fermando G. Montenegro Qualquer Missão Em Qualquer Lugar #montenegrofalou #QMQL










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