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O Impacto e a Gestão de Crises no Salto Livre Operacional

Atualizado: há 3 dias

Salto Livre Operacional e Suas Aplicações

O Planejamento de uma Operação de Salto Livre Operacional: Do Ar ao Chão

Imagem de um grupo de paraquedistas militares em queda livre, descendo de um avião militar com portas abertas e hélices girando. Os paraquedistas estão equipados com uniformes camuflados, capacetes, óculos de proteção e paraquedas abertos, deixando um rastro de fumaça branca. O cenário mostra uma paisagem montanhosa abaixo, sob um céu claro, destacando a altitude da operação
Salto Livre

O salto livre operacional é uma atividade militar de alto rendimento utilizada por Forças de Operações Especiais e Precursores Paraquedistas das Forças Armadas em diversas situações. Essa técnica pode ser empregada para infiltrar pessoal ou material, preparar uma operação de maior envergadura ou realizar um reconhecimento especial em áreas de acesso restrito. A atividade pode ser realizada de dia ou de noite, e as condições meteorológicas da zona de lançamento são um dos fatores determinantes para o sucesso da operação.


Equipamentos e Técnicas Específicas

Os paraquedas militares são bem diferentes dos seus similares esportivos, sendo maiores e mais pesados para que os saltadores possam carregar mochilas de grande capacidade, com mais de 30 kg, e todo o equipamento necessário para a missão. Para a infiltração militar, existem dois tipos principais de salto livre operacional:

  • O salto livre a grande altitude, com abertura baixa, em princípio na vertical aproximada do alvo.

  • O salto e abertura a grande altitude, logo após abandonar a aeronave.

Nessa segunda modalidade, é possível realizar uma navegação de velame aberto por grandes distâncias, percorrendo mais de 30 km. Para isso, é importante estudar as correntes de vento nas diferentes camadas para abandonar a aeronave no local mais adequado.


Desafios e Medidas de Segurança

Infiltração Militar: A Excelência do Salto Livre Operacional

Saltos realizados acima de 12 mil pés apresentam desafios como temperatura negativa e ar rarefeito, com menor concentração de oxigênio, o que pode provocar desmaios e até mesmo a morte. Por essa razão, os militares utilizam máscaras de oxigênio. Um exemplo recente de emprego de salto militar ocorreu na área francesa, onde um médico-cirurgião foi infiltrado, via salto duplo, em um submarino nuclear em alto mar para tratar um paciente em estado grave.


Experiências Pessoais e Treinamento

Eu tive a oportunidade de participar do primeiro salto livre operacional a grande altitude na Amazônia, que ocorreu em 1993, em Roraima, por ocasião da Operação Surumu. Meu destacamento de forças especiais realizou uma navegação de velame aberto de 27 km. Nessa mesma operação, também realizamos a primeira infiltração por salto tandem (salto duplo) com a equipe que faria a escalada do Pico da Neblina.

Recentemente, entre 14 e 25 de setembro, o Comando de Operações Especiais em Goiânia sediou um adestramento conjunto de salto livre operacional para tropas de operações especiais. Tropas do Exército, da Marinha e da Força Aérea são qualificadas para esse tipo de atividade.


Tecnologia de Simulação

Antes de realizar o salto livre, os militares fazem em Goiânia um treinamento em uma estrutura especial: o simulador de queda livre. Trata-se de um túnel vertical onde o vento pode chegar a 300 km/h, sendo uma das ferramentas mais eficientes para garantir a segurança e o desenvolvimento da habilidade de voo dos paraquedistas.

Também existe o simulador de navegação, que utiliza óculos de realidade virtual. Com ele, o paraquedista pode praticar como sanar panes de paraquedas, realizar desconexões de velames e navegar para atingir zonas de lançamento variadas, como clareiras na selva, embarcações, topos de edifícios e plataformas petrolíferas.

 

Fernando Montenegro Qualquer Missão Em Qualquer Lugar #montenegrofalou #QMQL

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