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O Problema da Instrumentalização ideológica da educação brasileira

Instrumentalização ideológica da educação brasileira: Um Olhar Crítico sobre o Ambiente Acadêmico

Uma metáfora visual para a instrumentalização ideológica da educação brasileira. A imagem mostra um professor puxando discretamente cordões de marionete presos aos estudantes, simbolizando a manipulação de mentes jovens em um ambiente de sala de aula. A cena busca ilustrar a falta de pensamento independente e a sutil influência ideológica na educação brasileira.

Como aluno, tive a oportunidade de cursar as aulas presenciais de um doutorado em Relações Internacionais em Portugal, além de ministrar conferências em outras disciplinas. A diferença entre o ambiente universitário europeu e o brasileiro é impressionante. Na Europa, a postura que eu presenciei dos professores em geral era muito mais profissional. Eu vi pontualidade e esforço para transmitir conteúdo previsto e provocar reflexões. Professores e professoras se vestem de maneira formal e valorizam a sua profissão, o que envia uma mensagem subliminar de seriedade.

Em dez anos de universidade, em que também atuo como professor, não presenciei um único colega usando tênis furado ou calça jeans rasgada, nem fumando cigarro em sala de aula ou fazendo pregação ideológica. A diversidade do ambiente é enriquecida com professores de diversos países que, em geral, realizam suas conferências em Inglês ou Francês, transmitindo conhecimento científico e consolidado. O reflexo disso é visível nos alunos, que demonstram pontualidade e respeito, chamando os professores por "senhor/senhora".

~Um dos pontos mais contrastantes é a ausência de "estudantes profissionais", aqueles que se mantêm matriculados apenas para manipular diretórios acadêmicos e, em muitos casos, transformam o espaço em um ambiente de consumo de entorpecentes e militância política. Não vi esse tipo de manipulação política que, no Brasil, muitas vezes apoia regimes que contrariam princípios democráticos. Se uma pessoa deseja ser de Esquerda ou Direita, a escolha é dela, mas o ambiente acadêmico deveria ser um espaço sagrado de transmissão de conhecimento e pesquisa relevante.


A Visita dos "Doutores" e a Instrumentalização ideológica da educação brasileira

Tive o desprazer de constatar que os únicos professores convidados do Brasil, para uma intervenção em meu curso, tinham como principal preocupação a doutrinação ideológica. Sem que ninguém perguntasse, um deles iniciou sua apresentação dizendo ser membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e o outro ressaltou em seu currículo ser especialista em Marxismo. Ambos eram de duas universidades públicas, dos estados de São Paulo e de Santa Catarina. Ainda não vi esse tipo de comportamento tão politizado em outros professores estrangeiros.

As ideias que eles mais reforçaram eram versões ideológicas e desatualizadas de eventos políticos recentes, reforçando uma narrativa que contrasta drasticamente com a realidade. Eles defendiam que a Operação Lava Jato era uma perseguição política e que a imprensa brasileira, que chamaram de "burguesa", ataca partidos de Esquerda por serem comprometidos com ações sociais. Mencionaram o governo de Nicolás Maduro na Venezuela como uma "democracia que sofre", e que os venezuelanos em Roraima não são refugiados, mas apenas migrantes econômicos. Essas narrativas desconsideram as complexas dinâmicas políticas e a crescente crise humanitária na região. A vergonha que senti me motivou a me manifestar, criando um desconforto, mas reafirmando que não tenho "político de estimação".

Este fenômeno, conhecido como patrulhamento ideológico, tem o objetivo de monopolizar o pensamento no ambiente acadêmico brasileiro, "vacinando" os estudantes contra qualquer informação que contrarie a ideologia dominante. Um bom acesso à saúde mental é necessário para lidar com a frustração causada por este ambiente. Esse tipo de atitude impede que os jovens se capacitem para o mercado de trabalho a curto ou médio prazo.

A sociedade de mercado, apesar de suas distorções, é a que mais produz riqueza e oferece melhores possibilidades de condições de vida. Isso é viável quando o Estado interfere minimamente na vida das pessoas. É preciso garantir a liberdade de expressão e a liberdade individual, temas que infelizmente se tornaram raros em alguns círculos acadêmicos no Brasil. Uma sólida formação on-line pode ser um excelente caminho para complementar a educação tradicional e buscar perspectivas alternativas.

A luta contra essa hegemonia ideológica exige um novo tipo de postura. O trabalho e bem-estar na carreira profissional requerem pensamento crítico e resiliência. Para enfrentar essa hegemonia, é preciso estudar profundamente o pensamento de esquerda para contra-argumentar eficientemente, ser mais esforçado, disciplinado e buscar bibliografias e autores diferentes. O diploma universitário só tem valor se estiver atrelado a uma base sólida de conhecimento e pensamento livre.

Como diz a 5ª Lei da Guerra na Selva, "Pense e aja como caçador, não como caça", o que significa ser mais rápido e ágil. A 6ª Lei, "Combata sempre com inteligência e seja o mais ardiloso", também se aplica, pois em combates ideológicos, as armadilhas são muitas. Por isso, um programa comprometido com o crescimento econômico e social do país deve fazer frente a essas anomalias. O governo digital também tem um papel importante em promover transparência e combater a corrupção que permite a manutenção de tais estruturas.

Os desafios que a sociedade brasileira enfrenta são enormes. É preciso usar a inteligência artificial para combater a disseminação de fake news e manter a neutralidade. Talvez seja necessário até mesmo recorrer a serviços jurídicos para garantir a liberdade de expressão em ambientes acadêmicos. Afinal, uma boa cibersegurança é crucial para proteger as instituições e o pensamento crítico de ataques ideológicos.


Nandho Monttnegro

Qualquer Missão Em Qualquer Lugar

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